Você sabe como eram as primeiras ferramentas pneumáticas da história? Entenda melhor como ocorreu essa evolução em compressores de ar!
A humanidade sempre buscou fontes de energia que pudessem dar suporte às suas atividades. Provavelmente, o ar comprimido é um dos recursos mais antigos. Ao longo de milênios, a produção de ar sob produto assumiu muitas aplicações, chegando a ferramentas bastante sofisticadas.
Neste artigo, vamos levar você a uma viagem no tempo para entender a história dos compressores de ar. Entenda como surgiram, quais eram as suas aplicações e como evoluíram!
Como começa a história do ar comprimido?
O corpo humano, a “máquina” mais antiga e engenhosa da humanidade, conta com um compressor de ar muito eficiente: o pulmão. Sim, talvez você nunca tenha pensado nisso, mas os nossos pulmões usam a pressão do ar para aspirar o oxigênio.
Ao respirar, expandimos nossos pulmões, gerando uma pressão negativa interna. Daí, contraímos esse músculo para criar uma força positiva e expulsar o ar. Assim, como um fole, o pulmão é um compressor de ar de baixa pressão (entre 0,02 e 0,08 bar).
Aliás, o termo “pneumática” vem da palavra grega “pneuma” ou “pneumos”, que significam basicamente respiração ou sopro. De fato, a técnica do sopro na produção de vidro é antiga, datada do segundo século antes de Cristo, criada por artesãos sírios.
Indo para eras mais remotas, era comum o homem utilizar os pulmões para atiçar as brasas de fogueiras, seja para fundir metais, seja para cozinhar seus alimentos.
Como surgiram as primeiras ferramentas?
As atividades humanas se tornaram cada vez mais complexas, e o pulmão deixou de ser suficiente para dar conta da produção. Assim, surgiram os primeiros foles que, de início, eram produzidos a partir de bexigas de animais e, mais tarde, o pistão feito de madeira e um êmbolo.
O primeiro compressor mecanizado surgiu nos anos de 1500 a.C., direcionado à fabricação do bronze. Era um instrumento simples com pedais ou rodas de água. Esse modelo permaneceu por pelo menos dois mil anos.
Com o tempo, porém, os cilindros de sopro acionados por rodas d’água substituíram os foles. O primeiro modelo foi criado por John Smeaton em meados do século 18. Foi nessa mesma época que o John Wilkinson inventou a máquina furadora de canhões, que representou um avanço técnico nos compressores. Foi ele também que construiu e instalou, em sua oficina, em 1776, o primeiro protótipo de um compressor mecânico. Com uma pressão de 1 bar, sua principal aplicação era o fornecimento de ar para a combustão nas fornalhas de metalurgia e ventilação de atividades subterrâneas, como mineração.
O ar comprimido passou a ser usado como meio de transmissão de energia no início do século 19, especialmente com a expansão do número de mistas na Inglaterra e produção de perfuratrizes pneumáticas.
Como começaram a ser usados na indústria?
A construção do túnel Mont Cenis, de 13,6 km de extensão, nos Alpes da Suíça, comprovou a grande eficiência das perfuratrizes pneumática e a possibilidade de transmitir o ar comprimido em grandes distâncias. Assim, começou-se a pensar na ideia de usar um sistema de distribuição de ar na indústria.
A primeira experiência foi realizada pelo engenheiro francês Viktor Popp, em 1888, que usou os esgotos de Paris para abastecer alguns pontos da região. A central contava com compressores de 1.500 kW distribuídos em 7 km de linhas. Em 1896, já eram cerca de 50 km de redes que chegavam a escritórios, restaurantes, fábricas e lojas. A ideia foi se expandindo para outras cidades.
Em 1878, a patente do primeiro compressor por parafuso foi registrada, mas foi somente em 1950 que começaram a ser produzidos em escala industrial. Então, nos anos 70, os compressores de ar se tornaram ainda mais populares com modelos domésticos, que eram menores e de baixo custo. Assim, as aplicações da tecnologia ficaram cada vez mais amplas.
A grande flexibilidade dos compressores de ar mostra que sua história ainda não acabou. Pode ser que ainda seja utilizado em consonância com fontes alternativa de energia.
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